sábado, 2 de janeiro de 2010

Os Mequetrefes.

         O interesse pela criação de um endereço eletrônico por parte do Grêmio Estudantil de nosso campus sempre foi grande. No entanto, foram os recentes acontecimentos que fizeram com que essa vontade se tornasse ainda maior, e a ideia, que antes somente pairava no ar, fosse finalmente posta em prática.
         O objetivo deste blog, inicialmente, é reunir e publicar, como forma de protesto, notícias e textos de autoria de alunos sobre as recentes atitudes da Reitoria em relação ao nosso campus, analisando-as sob variados pontos de vista.
         Porém, apesar da iniciativa ter sido tomada pelo Grêmio, atenderemos, aqui, pelo nome de Os Mequetrefes. Esta é somente uma forma que encontramos de diferenciar as atitudes e pronunciamentos do Grêmio das atitudes e pronunciamentos da equipe de Imprensa, embora, e consideramos por obrigação admiti-lo, ainda não tenha havido tempo hábil para que essa equipe fosse, de fato, organizada (visto que o próprio Grêmio foi formado há bem pouco). Com o tempo, o que não tivemos agora, pois a instituição de qualquer ato de protesto por nós, alunos, se via urgente, nossa Equipe Mequetrefe estará organizada e pronta para a ação!
         Até lá, pode ser que se confunda, por vezes, Grêmio e Mequetrefes, Mequetrefes e Grêmio, mas não importa. No momento, esses nomes são o de menos. O que realmente importa é o fato de sermos, todos, alunos, e partilharmos de um mesmo interesse: “não deixar que nossa fábrica de futuros se torne um brinquedo na mão de políticos travestidos de educadores.*
         Para isso, precisamos da participação de todos. Escrevam e enviem suas impressões para que nós possamos registrá-las através deste blog! Não silenciem.




Fernanda Ramos
Diretora de Imprensa e irremediável Mequetrefe




*Trecho da Carta de Repúdio, por Thomas Speroni, presidente do Grêmio Estudantil do campus Cabo Frio.

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"Obriga-o a compor a mentira alheia para a usar como se fosse a própria verdade. Permeiam a nossa obediência, castigam a nossa inteligência e desalentam a nossa energia criadora. Somos opinados, mas não podemos ser opinadores. Temos direito ao eco, não à voz, e os que mandam elogiam o nosso talento de papagaios. Nós dizemos não: nós negamo-nos a aceitar esta mediocridade como destino.
Nós dizemos não ao medo. Não ao medo de dizer, ao medo de fazer, ao medo de ser. O colonialismo visível proíbe dizer, proíbe fazer, proíbe ser. O colonialismo invisível, mais eficaz, convence-nos de que não se pode dizer, não se pode fazer, não se pode ser. E neste estado de coisas, nós dizemos não à neutralidade da palavra humana. Dizemos não aos que nos convidam a lavar as mãos perante as quotidianas crucificações que ocorrem ao nosso redor. À aborrecida fascinação de uma arte fria, indiferente, contempladora do espelho, preferimos uma arte quente, que celebra a aventura humana no mundo e nela participa, uma arte irremediavelmente apaixonada e briguenta."

GALEANO, Eduardo, Nós Dizemos Não, Editora Revan, Brasil, 1990.






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